A Rússia declarou nesta quarta-feira que as relações com os Estados Unidos estão em um ponto historicamente baixo, mas que o Kremlin está aberto ao diálogo e observará o que ocorrerá caso Donald Trump retorne à Casa Branca em janeiro.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que não estava ciente de nenhum plano do presidente Vladimir Putin para parabenizar Trump, que declarou ter vencido as eleições nos EUA.
"Não vamos esquecer que estamos falando de um país hostil que está direta e indiretamente envolvido em uma guerra contra o nosso Estado", disse ele, referindo-se ao apoio dos EUA à Ucrânia.
Questionado sobre se as relações poderiam piorar ainda mais caso Putin não parabenizasse Trump, ele afirmou: "É quase impossível piorá-las mais, as relações estão no seu ponto historicamente mais baixo. O que ocorrerá a seguir dependerá da próxima liderança dos EUA.
"O presidente Putin já disse repetidamente que está aberto a um diálogo construtivo baseado na justiça e igualdade, e na disposição de levar em conta as preocupações de cada um...
"No momento, a administração dos EUA tem uma posição diametralmente oposta, e o que acontecerá em janeiro – veremos."
Peskov comentou que Trump fez declarações duras durante a campanha eleitoral, mas também falou em interromper o ciclo de "continuar velhas guerras e iniciar novas".
A Rússia observará para ver se Trump muda seu tom ao se preparar para assumir o Salão Oval, disse Peskov. "Portanto, dizemos que analisamos tudo com atenção, monitoramos tudo e tiraremos conclusões com base em palavras e ações específicas", afirmou.