O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (11) que as articulações do governo federal com deputados federais e senadores estão dando resultados positivos para a economia brasileira.
"Ajuste adequado e viável politicamente. Procuramos calibrar (o projeto) para as necessidades de manutenção da política fiscal. As coisas estão andando bem. Está indo bem a conversa com os parlamentares", disse o titular da Fazenda a jornalistas em Brasília (DF).
Na Câmara dos Deputados, a relatoria da proposta que muda o reajuste do salário mínimo ficará com um aliado do governo do presidente Lula (PT). De acordo com estimativas do Executivo, o pacote fiscal vai gerar uma economia acima de R$ 72 bilhões em dois anos (2025-2026) e de um valor superior a R$ 327 bilhões até 2030.
Atualmente, o salário mínimo para um determinado ano é corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 meses anteriores. O valor é somado com a alta do PIB de dois anos anteriores.
A proposta do governo mantém a parcela de crescimento pelo PIB, mas a variação real estará nos limites do arcabouço fiscal, 2,5% acima da inflação do ano anterior. Para 2025, o salário mínimo aumentará 2,9% acima da inflação, o equivalente ao crescimento da economia de 2023.
Com a limitação, o valor ficará em R$ 1.515 no próximo ano, R$ 6 a menos que a atual regra. Nos anos de queda do PIB, o salário mínimo aumentará pelo menos 0,6% acima da inflação, equivalente ao piso da variação de gastos do arcabouço fiscal.