Em discurso firme e reflexivo realizado na tarde de ontem na tribuna da Câmara Municipal de Sousa, a vereadora Johanna Estrela (PDT) usou o tempo regimental para se pronunciar sobre a condução das discussões a respeito de um projeto de lei votado na sessão anterior. A parlamentar voltou a defender a importância do diálogo como instrumento para o consenso e criticou o que classificou como cerceamento de sua fala durante o processo legislativo.
"Não vim tratar do mérito, pois a lei já foi aprovada. Mas precisava mostrar que este é o local adequado para o debate", afirmou. Johanna destacou que, desde o momento em que o projeto chegou à Casa, buscou dialogar com colegas como Daniel e Amanda, além de ter tentado contato direto com o prefeito Helder Carvalho. Segundo ela, a tentativa de estabelecer uma conversa foi frustrada por uma ligação não atendida, mas seu intuito era "chegar a um consenso que fosse bom para o município e para os servidores".
A vereadora relatou que, mesmo tendo apresentado duas emendas ao projeto, não teve o direito de defendê-las antes da votação. "Não estou aqui para buscar engrandecimento pessoal ou fazer politicagem. Meu papel é defender o que acredito ser justo, e fui impedida de exercer esse direito básico de voz", lamentou.
Ela também rebateu críticas recentes sobre supostos interesses políticos, reforçando que "o palanque foi desmontado em outubro" e que sua missão agora é trabalhar de forma responsável por quem a elegeu. "Cada um tem um ponto de vista. O senhor pode avaliar um artigo de uma forma, eu de outra. Por isso o debate é válido", disse, dirigindo-se a outros parlamentares.
Johanna concluiu sua fala reafirmando o compromisso com o equilíbrio entre os interesses da administração pública e dos profissionais de saúde. "Não estamos aqui para inviabilizar o trabalho da Prefeitura, mas para buscar soluções com responsabilidade. Somos 15 escolhidos pelo povo e temos a missão de legislar com consciência e respeito."
A manifestação de Johanna Estrela trouxe à tona não apenas a tensão gerada pelo projeto, mas também uma reflexão sobre os limites e garantias do debate democrático no parlamento municipal.
Propostas de emendas ao projeto de Lei nº 019/2025
