O Hospital Padre Zé comunicou que corre riscos de fechar as portas até o fim do mês de abril por falta de recursos. A crise financeira é decorrente dos escândalos de corrupção do seu ex-gestor, Padre Egídio, que se encontra preso. Veja nota abaixo.
Segundo a unidade de saúde, o Município de João Pessoa decidiu não renovar a sua contratualização dos 100 (cem) leitos de Unidades de Cuidados Prolongados (UCP), alegando que as irregularidades praticadas na gestão anterior do hospital impedem o repasse de novos recursos.
“O Hospital tentou questionar a referida decisão administrativa perante o Poder Judiciário, porém o pedido liminar foi indeferido na 1ª instância, sendo, portanto, objeto de recurso para o TJPB”, diz trecho da nota.
Está previsto para acontecer na próxima segunda-feira (14), às 15h, uma reunião no Ministério Público da Paraíba com a tentativa de discutir alternativas jurídicas e administrativas para assegurar a continuidade dos serviços de saúde mantidos pelo hospital.
“Sendo assim, salvo se houver modificação no atual panorama, o Hospital Padre Zé, lamentavelmente, ao final do mês terá que encerrar a sua história de 90 anos oferecendo saúde, acolhimento e conforto aos mais vulneráveis do estado da Paraíba”, finaliza a nota.
O secretário de Saúde de João Pessoa, Luis Ferreira, disse que apesar dos escândalos de corrupção, no ano passado, a prefeitura manteve o repasse de recursos. O secretário informou que a gestão municipal não conseguiu renovar o repasse pois o hospital teve suas contas reprovadas pela comissão de emendas parlamentares da prefeitura e pela controladoria geral da prefeitura.