“Bingo de Mulheres”: Polícia avança em investigações e donos de bar serão indiciados

Fonte: ConexaoPB

Publicada às 13/03/2025 18:02

As investigações sobre o chamado “Bingo de Mulheres” em Lagoa de Dentro estão avançadas, e os responsáveis pelo estabelecimento onde ocorriam as práticas criminosas serão indiciados por favorecimento à prostituição, abuso e ameaça. É o que indica o delegado responsável pelo caso, Silvio Rabelo, durante entrevista ao programa Rota da Notícia, da TV Arapuan na noite desta quinta-feira (13).

O caso veio à tona após uma denúncia feita pelo Padre Adalto durante uma missa, o que desencadeou uma série de investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Polícia Civil.

De acordo com o delegado, os proprietários do bar, clientes e demais pessoas envolvidas foram ouvidas ao longo das apurações. Ele destacou que as provas coletadas indicam uma estrutura organizada para exploração sexual de mulheres, caracterizando crimes graves que vão além da mera realização do bingo.

Confira todos os detalhes exibidos no programa Rota da Notícia, da TV Arapuan:

Entenda o caso

O escândalo ganhou repercussão após o Padre Adalto denunciar o caso publicamente, levando a polícia a iniciar uma investigação detalhada sobre as atividades do bar. O religioso destacou a necessidade de combater situações de exploração sexual e proteger a população mais vulnerável.

A partir das denúncias, a polícia identificou um esquema em que mulheres eram supostamente oferecidas como “prêmios” durante os bingos, o que configuraria uma série de crimes, incluindo favorecimento à prostituição e possíveis situações de coerção e abuso. Os investigados também teriam ameaçado algumas das testemunhas, tentando dificultar o andamento do inquérito.

Avanço das investigações e medidas legais

Com base nas evidências reunidas, os responsáveis pelo estabelecimento serão formalmente indiciados, e o Ministério Público deverá apresentar denúncia contra eles. O próximo passo será a análise do processo pela Justiça, que poderá resultar em prisões preventivas ou outras medidas cautelares contra os envolvidos.

O caso tem mobilizado não apenas as autoridades policiais, mas também organizações de defesa dos direitos das mulheres, que exigem punição rigorosa e medidas para evitar a repetição de situações semelhantes. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação, a secretária de Estado da Mulher, Lídia Moura, disse que tem acompanhado o caso de perto, demonstrando indignação com os fatos revelados e cobrando providências rápidas por parte das autoridades.