Esse ano, porém, a comemoração adquiriu um tom sombrio para os palestinos da Faixa de Gaza, onde a guerra perdura já há 15 meses.
Maisa Arafa, 29, disse ao The New York Times que seu irmão foi morto durante a guerra. Arafa tem morado em uma tenda com parentes enquanto sua família remove escombros de sua casa destruída no norte de Gaza.
“Mais que tudo, eu queria que meu irmão voltasse. Essa seria a única coisa capaz de fazer o Ramadã parecer com o que era antes”, contou Arafa ao jornal.
Palestinos decoram ruas em meio a escombros e casas destruídas para o Ramadã, mês sagrado do Islã, em Khan Younis, Gaza. — Foto: AP News/Jehad Alshrafi
Desde o cessar-fogo entre Israel e Hamas, centenas de carregamentos de comida e mantimentos conseguiram chegar a Gaza, o que proporcionou certo alívio para a fome no enclave.
Abdelhalim Awad, dono de uma padaria e supermercado, disse ao The New York Times que os preços baixaram desde os piores dias de guerra, quando um saco de farinha custava centenas de dólares.
“Suprimentos estão disponíveis agora, mas as pessoas ainda só conseguem comprar o necessário”, contou Awad.
Cessar-fogo contra os palestinos
Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo em janeiro, após dias de intensas negociações. A primeira fase do acordo está em vigor desde o dia 19 de janeiro e expira neste sábado (1). Foram libertados 33 reféns, incluindo oito corpos, em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos.
O acordo foi planejado em três fases, mas os próximos passos ainda estão em negociação pelas duas partes.
G1