O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), atribuiu a queda histórica na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em levantamento do Datafolha a especulações do dólar, mudanças climáticas e fake news. As declarações ocorreram em postagem da rede social X, neste sábado 15.
"As especulações com o dólar, as mudanças climáticas, que impactaram a inflação dos alimentos, e os ataques sistemáticos de uma rede criminosa de fake news contra o governo se refletiram, nos últimos meses, nos resultados da última pesquisa Datafolha", escreveu. "Estamos reestruturando a comunicação para garantir que a verdade chegue de forma mais clara à população", acrescentou.
Na sequência, o líder afirmou que "o foco do governo continua sendo resolver os problemas reais dos brasileiros, como o preço dos alimentos e a geração de empregos". O deputado incluiu na publicação dados positivos de desemprego e mencionou projetos do governo que, segundo ele, estão em curso, como um programa de gás gratuito e a reforma do Imposto de Renda. "Ações como o programa de distribuição de gás, a isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil, novas moradias do Minha Casa Minha Vida, gratuidade de remédios pelo Farmácia Popular e novas linhas de crédito já estão em andamento", escreveu.
No fim da postagem, o parlamentar acrescentou um tom otimista. "O governo segue trabalhando para melhorar a vida das pessoas. 2025 será o início da colheita dos frutos do que foi plantado nos últimos dois anos", diz a publicação.
O deputado também citou as próximas eleições presidenciais e fez referência à candidatura de Lula. "O presidente Lula segue firme com força para 2026, como também indicam as recentes pesquisas" encerra a publicação.
Pesquisa Datafolha
A aprovação do governo do presidente chegou a uma marca inédita: em dois meses, caiu de 35% para 24%, atingindo o pior índice dos seus três mandatos na Presidência.
De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 14, a reprovação do governo do petista também é recorde, passando de 34% para 41%.
Segundo o instituto, 32% acham que o governo está regular, três pontos porcentuais a mais do que em dezembro do ano passado, na penúltima pesquisa. Foram ouvidas 2.007 eleitores entre os dias 10 e 11, em 113 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.